Ficha Técnica
Título: “Triste Fado ou a Genealogia da Passividade”
Técnica: Vídeo/áudio
Duração: 07'
Ano de realização: 2009/10
Com Isabel Bacelar Barbosa e Virgínia Bacelar

"A sociedade portuguesa está normalizada por uma regra invisível. Onde está ela? Ela, que prescreve uma só política? Uma só moral? Uma só maneira de agir, de sentir, reagir, pensar? Mas como definir a norma, se o pensamento e a acção, a política e a moralidade vigentes vivem com a naturalidade e a crença das evidências indiscutíveis?"
José Gil in “Portugal, Hoje – O Medo de Existir”

“Triste Fado ou a Genealogia da Passividade” é um vídeo/ensaio sobre a normalização de classe e de género no contexto português. O Fado tem sido instrumentalizado politicamente, em vários momentos históricos, como forma de normalização da sociedade, condicionando a acção popular através de um discurso regulador. A sua mensagem de dolência, melancolia e docilidade, aparece-nos também como uma evidência indiscutível, uma regra invisível.
Em “Triste Fado ou a Genealogia da passividade”, uma mãe veste a sua filha de negro. Através desta acção performativa, a menina aceita inevitavelmente o seu destino: o da subalternidade.